MIXÓRDIA INTELECTUAL “INVENTA” NOVO CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO BIMESTRAL:
“O COLEGUISMO ESCOLAR”
Um texto (mais um) de DONI ASSIS
Toda época de entrega de notas bimestrais traz consigo as “explicações” que procuram justificar o fracasso escolar do aluno. Como regra geral, jogar nas costas dos professores a responsabilidade pelo não feito. O último modismo seguindo a tendência, exercita a fofoca, a maledicência e a falta de respeito pelo trabalho alheio.
Os professores do CEFAM procuram desenvolver projetos sérios baseados em princípios teóricos sobre suas disciplinas. Infelizmente, para alguns alunos a captação desses conhecimentos pode levar anos. Enquanto isso, nós professores somos obrigados a conviver com gente que interpretam nosso trabalho pedagógico como uma panacéia de “frescuras” escolares ou detalhismos inúteis “do conhecimento”.
Vejam só! Uma “gênia cefânica”, sei lá de que ano, começou a soltar uma boataria na escola que os professores homens, avaliam só em “A”, as alunas bonitas ou que são muito suas amigas. Sendo homem e tendo muita amizade com minhas alunas, também sou vítima desse mexerico infantilóide de gente que em vez de estudar, fica inventando desculpas justificando suas limitações que se convertem em dificuldades na matéria. A fofoca, como toda fofoca, pegou pra valer e pelas costas não faltou classe que tenha um ou outro a soltar essa pérola da falta de assunto!
A “genialidade” ao contrário dessa gente instituiu então a avaliação por “compadrio”. Basta ser “amiguinha” do Doni pra ter nota. Nada de reconhecer o esforço da colega de sala. Nada de pensar que o professor passa dias e dias lendo sobre a avaliação, discutindo com seus colegas e elaborando planos que procurem dar mais transparência ao trabalho pedagógico em sala. A menos de um palmo do nariz, esses “gênios” distorcidos, só conseguem ver nas boas relações alheias um centro de interesses escusos. Oras! Se alguém é favorecido na nota porque tem amizade comigo, isso pressupõe um retorno. Um amigo advogado alertou-me. Havendo favorecimento de qualquer espécie, significa um retorno imediato! Pode ser em material, dinheiro e em se tratando de uma escola onde a maioria dos alunos é mulher, esse favorecimento pode se dar também por ordem sexual. Na ânsia de esculhambar o professor, as “gênias” da desculpa esfarrapada, ofendem suas colegas de sala que tem bom desempenho sugerindo que elas se prostituem por nota. Qualquer idiota sabe, que numa sociedade capitalista, individualista, mesquinha e interesseira não há nada de graça.
Mas fica o desafio! Se você faz parte desta escória intelectual que o CEFAM por alguma distorção produziu, te desafio a encontrar uma só aluna que sendo minha amiga tenha sido favorecida na nota! Encontre um conceito “A” que não tenha tido critérios técnicos pedagógicos, participação e conhecimento acumulado. Prove o que está dizendo e me faça reconhecer em público que a aluna “X”, “Y” ou “Z” tenha sido favorecida em detrimento do prejuízo das outras alunas de sua sala. Defendo meu trabalho como minha própria vida e sei mais do que ninguém nesta escola, que você e nem ninguém vai conseguir provar isso. Pelo simples motivo: ISSO NÃO EXISTE! Ai daquele aluno que um dia tenha pensado que sendo apenas meu amigo e deixando de estudar ou relaxando o curso, achou que se sairia bem! Ai daquele aluno que um dia achou que não hesitaria em dar um conceito D ou E, só porque poderia “chateá-lo”!
Essa “genialidade” toda em criar as estapafúrdias explicações para os conceitos ruins do 2º bimestre, na minha avaliação não passa de coisa de quem não tem o que fazer. Ou melhor, tem sim! Numa escola como a nossa o que não falta é o que fazer. O problema é a má vontade com o curso, a inveja e a falta de respeito e entendimento sobre como realmente se dão as coisas na escola. Defendo aqui os colegas professores ofendidos por essas babacas e as alunas que infelizmente mantendo apenas um bom relacionamento com seus professores sejam as vítimas mais diretas dessas “colegas” de classe que definitivamente não tem o que fazer e estão aqui no CEFAM torrando a toa um dinheiro originário das bolsas que o Estado, mas que na realidade sai dos nossos bolsos. Em saber que eu também sustento essa corja, fico com uma raiva enorme. Como falar não adianta, escrevo... quem sabe daqui a alguns anos as “gênias” do escrotismo verbal entendam alguma coisinha de educação. E o último que sair, por favor; apague as luzes e tranque as portas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário