Eremildo O Idiota, não suporta tanta hipocrisia em tempos de apagão, terrorismo e falta de sangue.
Eremildo, O Idiota chegou cedo na redação do projeto doniweb®*, esbaforido e gritando ao webwriter; “Que história é essa de estadunidense no texto anterior?” Eremildo que de Idiota não tem nada, em sua pesquisa sobre a história dos EUA não se ateve aos detalhes. Americanos somos todos nós. Eu, você que lê esse texto agora, uruguaios, argentinos (Argentina 2 X Brasil l), el salvadorenhos, haitianos, canadenses, torcedores do São Caetano e do Rubinho (buááá!). Norte americano refere-se a todos que moram lá no norte do continente! Estamos no sul, mas não deixamos de ser americanos. Se morássemos nos EUA, Canadá, ao norte do México ou mesmo naquele frio todo do Alaska (brrrrrrrrr!), seríamos americanos! O webwriter tentou convencer Eremildo que o slogan “América para os americanos” não é filme de bang bang! Esse papo é sério e começou quando os EUA estenderam seu poder sobre países do continente a partir de uma idéia no mínimo tosca. James Monroe, presidente daquelas bandas em 1823, afirmou que em nome da segurança eles iriam tomar conta de países indefesos. Acreditava-se que seriam predestinados. Eremildo, gargalhou por alguns minutos.É bem verdade que entre tantas coisas que nos chocaram, começando dos mortos e desaparecidos nos atentados contra os EUA, foi o abalo em algo que o mundo aprendeu a conviver tão bem no último século. Pelo menos nos países, onde uma política subserviente como a do Brasil aos EUA, foi predominante. Seja o Osama bin Laden ou seja lá quem for que fez aquelas barbaridades, a verdade é que estragaram a “noção legal” que tínhamos do modo de vida “tranqüilo” que levavam os estadunidenses. O “american way of life” dos fast foods, jeans, rock, Disneylândia, do cinemão, das tecnologias hiper avançadas, enfim de tanta modernidade que de repente ruiu! Eremildo enquanto conversávamos olhava fundo sua latinha de Diet Coke (ele está no 27º regime), sugeriu que nós brasileiros sempre nos deixamos envolver por esta cultura. Parecíamos ser um deles no sofrimento dos atentados. Doeu mais ver tudo aquilo pela TV do que saber sobre os tantos milhões de mortos, vítimas das politicalhas dos estadunidenses. “Que raiva!”
Esbravejou o pobre Eremildo. Com tanta brutalidade no Brasil, já tínhamos nos acostumado com a violência. Nem doía mais vermos gente sendo morta à toa! Precisou um grupo de fanáticos para destruir esse modelito de vida enfiado goela abaixo de nós brasileiros desde os anos 40, para acordamos! Eremildo fincou olhos em um livro de História do Brasil e foi lá: “Página 34, 175, 236, 1.629! Aqui achei! Tava pertinho!” E Eremildo lê outra parte de sua pesquisa; “O que é bom para os USA é bom para o Brasil “O então chanceler brasileiro em 1946 beija a mão do general Eisenhower que estava visitando o Brasil. O país sela com esse gesto sua subordinação ao EUA por todo o século”. Eremildo espuma de raiva. E fomos assim virando yankes tupiniquins (ops!). “Isso existe?” Perguntou. No dia seguinte ao assassinato do Toninho, quantos não desconjuraram morar na cidade mais violenta do país mais violento... Quantos não quiseram naquele dia sair do país, morar lá onde tinha segurança adoidado. Os EUA! O sonho simplista, a ilusão de que sendo mais rico se vive mais seguro virou pó! Foi um tapa na cara da classe média mesquinha do Brasil. Enxergamos com os atentados, os EUA experimentando do próprio veneno. A pesquisa do Eremildo não foi em vão. No meio da conversa, Eremildo, O Idiota que de idiota não tem nadica de nada, pulou da cadeira: “Lembrei do que li nos dias seguintes do atentado. O FHC mandou um avião com sangue e mantimentos para as vítimas em NY e Washington. Li no site da Revista BundasNet do Ziraldo & Cia. Na coluna bundalelê assinada pelo Marcelo Salles, jornalista carioca. Mandei um e mail para ele querendo mais detalhes. Segundo disse, a notícia não passou de uma notinha de rodapé nos Sites de notícias que mudam a cada segundo.” E Eremildo foi além! “Na revista Veja de 26 de setembro que porcausa dos atentados os hospitais dos EUA receberam 100.000 litros de sangue e suspenderam as doações por falta de vítimas para recebe-lo. Presidente!NLD"Oõú!” Que ironia! No país onde pessoas morrem de hemorragia por falta de doadores de sangue, “patriotas” de meia tigela são solidários pros outros.Eremildo, mordendo os lábios também lembrou do FHC de perninhas cruzadas vendo no telão os atentados do dia 11. E depois preocupado com os prejuízos de 100 bilhões de dólares que os EUA tiveram com os atentados. Sabe que vai mexer nos bolsos da patuléia de novo. O sangue já foi. Agora é a vez da alma. Aos poucos sugadas por tantas manifestações idiotas onde brasileiros se travestiram de azul, vermelho e branco. Eremildo, O Idiota que de idiota não tem nadica de nada, findou a conversa dizendo que a luta pela PAZ começa com a consciência do que existe ao nosso redor.
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