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Textos. Roteiros de atividades. Imagens. Aulas. Vinte anos na Educação. 1994 - 2014
sábado, 24 de outubro de 2015
Alunos "desenham" as aulas do prof Doni. (imagem 4)
O desenho é de 2010. Muito antes de se propagarem as orientações sobre a gestão da sala de aula, minhas aulas já possuíam diversos elementos essenciais. Um dos exemplos que constam no desenho é a "pauta" da aula no lado esquerdo da lousa.
Alunos "desenham" as aulas do prof Doni. (imagem 3)
Uma forma criativa de começar mais um ano letivo. Flashback do ano anterior.
Uau! Nunca estive tão bonitão!
Alunos "desenham" as aulas do prof Doni (imagem 2)
A melhor forma de pensar e repensar nossas aulas é saber a fundo o que os alunos pensam e como veem o professor.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Texto sobre a transição do VHS para o DVD.
PEQUENA HISTÓRIA DO DVD
A
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velocidade das mudanças no mundo tem aumentado
muito, diminuindo o espaço entre aquilo que eventualmente chamaríamos de
“ultrapassado” e o que é moderno. A revolução digital de nossos dias levou
pouco mais de dez anos. Hoje é humanamente impensável vivermos fora do mundo
digital. A informação, o arquivamento de dados, o controle da vida, do dinheiro
e toda a organização dos mecanismos sociais sem os elementos da informática nos
levariam ao caos. Duvida? Imagine então o banco controlando o dinheiro apenas
com o trabalho manual de seus funcionários? Nossa sociedade é tecnológica. Por
mais que discordemos o processo é irreversível. Há mil anos atrás a sociedade
era TEOCENTRICA! Ou seja, Deus (Teo) era o centro e tudo era explicado a partir
dele, pois era a igreja que mandava. Há quinhentos anos atrás a sociedade
transitou para o ANTROPECENTRISMO! Aí, o homem (Antrophos) passou a ser o
centro. Surgimento dos modernos sistemas econômicos e filosóficos. No fim do
segundo milênio, a sociedade chega ao TECNOCENTRISMO. As técnicas digitais
comandam a vida da humanidade, por mais que saibamos que apenas uma pequena
parcela dela possui acesso a computadores pessoais e seus benefícios. Exclusão
social e analfabetismo ocorrem pelas vias informatizadas! Li na revista Carta
Capital que menos de 5% da população mundial tem acesso à internet. Isso
significa elitização! Bem, mas não iniciei este texto só para sentar a pua nas
modernidades. Quero falar de um processo que neste exato instante molda uma
tendência do novo milênio.Um caminho na busca da perfeição das imagens.
Quando tiver um tempinho, olhe
calmamente os produtos vendidos em uma banca de jornal. Depois verifique os
folhetos publicitários dos grandes magazines e shoppings. Por fim vá até as
locadoras de vídeo e verifique quem está tomando novos espaços! Sim! Se você
respondeu o DVD, acertou! Mas que novidades são essas que o DVD tem a nos
oferecer? Vou tentar responder neste texto, mas queria deixar claro que não
estou fazendo nenhum tipo de propaganda e muito menos apologia ao modernismo
imposto pela sociedade de consumo! Pra que o texto então? Apaixonado por cinema
quero oferecer ao leitor detalhes que buscam cada vez mais a perfeição das
imagens produzidas pela Sétima Arte!
As décadas de 70 a 90 passadas
tiveram que quase majoritariamente no mundo do entretenimento doméstico, os
videocassetes. A TV reinou única até os anos 60. As fitas VHS (Vídeo Home
Systen) viraram mania nos anos 80! A popularização dos vídeos foi simultânea a
construção de um mega mercado de produtos relacionados. Locadoras de fitas e
venda de aparelhos proliferaram pelo mundo de forma assustadora!
Concomitantemente, a superação da qualidade sonora dos antigos Long Plays, que
rapidamente abriu possibilidades de gravação via CD (Compact Disc), abriu
também possibilidades de uma nova revolução no cinema em casa. Nos anos 90,
surgem com grande intensidade, mais no exterior do que aqui no Brasil, os VDL
(Vídeo Disc Laser). No formato de um LP, as imagens tinham grande nitidez
superando as fitas de VHS. De custo muito alto os Disc Laser não se tornaram
muito populares. Quando finalmente os CDs substituíram os LPs, temos o início
da mais atual novidade do mundo tecnológico. A proliferação dos computadores
pessoais e o armazenamento de programas em softwares ou CDs de dados
incentivaram empresas como a Toshiba, Sony e Phillips no desenvolvimento dos
DVDs. O ápice destas pesquisas ocorre com a entrada da Microsoft, IBM e Apple
de olho no mercado que se abre no momento.
SURGEM OS DVDs
N
|
o final
da década de 90 começam a ser comercializados pelo mundo os aparelhos
reprodutores de DVDs (Digital Vídeo Disc). É a mais avançada forma de
reprodução de sons e imagens no mundo atualmente. Abaixo leia uma relação de
dados que comprovam as inovações revolucionárias do DVD!
1 – As
fitas VHS são lidas em processadores óticos (cabeçotes do vídeo). Na tela da TV
você vê 280 linhas de resolução na imagem. O DVD é lido por um processador
ótico (processo semelhante à leitura do CD rom de softwares no micro), são 500
linhas de resolução, ou seja, mais que o dobro das VHS.
2 – O
melhor som obtido nas fitas VHS é resultante de um sistema chamado Hi Fi em
vídeos e TVs estéreos! No DVD existem armazenados 6 canais a mais de
sonoridade. Um sistema chamado Dolby AC 3/áudio surround, tornam tão reais os
sons do filme que você tem a sensação de que os acontecimentos da tela ocorrem
dentro da sua sala. Um tiro, por exemplo, tem um som de tiro real, como se ele
estivesse acontecendo no ambiente que você está!
3 - A
capacidade de um DVD é 26 vezes maior que a de um CD de música! Sua capacidade
de gravação permite num único disco armazenar; 8 dublagens diferentes, 32
idiomas para legenda, além do filme, entrevistas, a produção do filme,
trailers, trilha sonora completa, entrevistas com artistas e demais
interatividades. Você pode, por exemplo, escolher a forma como quer ver o
filme; tela de cinema (achatada/windescreen) e tela de tv, ângulos diferentes
das imagens, seleção de efeitos e cenas.
4 – As
fitas de VHS vão perdendo a qualidade com a ação do tempo! Sua reprodução significa
perda de qualidade no som e imagem. Já os DVDs nunca ficam velhos e quando
copiados permitem não exatamente a produção de uma cópia e sim de uma réplica.
A cópia fica tão perfeita quanto a original!
5 – A
indústria de DVDs elaborou um projeto ousado (e sacana!) de evitar a pirataria.
Dividiu o mundo em 6 grandes regiões. Os aparelhos reprodutores serão
codificados e nenhuma região terá acesso aos códigos diferentes das suas. Da
mesma forma os títulos. Os que forem editados na região 4 (onde está o Brasil)
não serão em outras. Não exatamente o filme, mas sua codificação de leitura.
Por exemplo, fui aos EUA e comprei um filme em DVD “X”! Os EUA situam-se na
região1, ao chegar no Brasil (região 4) meu DVD não será lido em hipótese
nenhuma! A Gradiente está lançando no mercado um aparelho que fará a leitura de
DVDs de outras regiões. Além de muito mais caro, ele não garante a leitura de
todas as regiões.
6 – Se
pensa que é brincadeira? De 2000 para 2001 a venda de DVDs no mundo todo
aumentou mais de 500%. A indústria espera chegar a venda de 1 milhão de
aparelhos só no final deste ano!
O QUE SERÃO DOS NOSSOS VÍDEOS?
E
|
specialistas
dizem que a vida de nossos videocassetes ainda terá 5 anos de sobrevivência!
São 21 milhões de aparelhos só no Brasil. Além do mais existem títulos de
filmes em VHS que por várias limitações não saíram em DVD. Mas a popularização
deste último já começou e avança a cada dia! As locadoras grandes já
disponibilizam 20% do seu espaço para os DVDs de locação! As grandes lojas de
eletro eletrônico são inundadas por lançamentos de aparelhos de todas as
marcas. E nas bancas de jornal, títulos em DVD são vendidos junto com revistas
que tentam popularizar a novidade!
Bem, não joguei fora meus discos
depois que passei a comprar CDs. Quando tiver grana de sobra e puder comprar
meu aparelho de DVD também não vou descartar meu vídeo e fitas! Parece
inevitável não se render à novidade que comprovadamente é milhões de vezes
melhor do que existe por aí! Mas devemos preservar o que acumulamos até agora!
Essa linha de raciocínio terá muito sentido quando o DVD for absoluto no
mercado e muitos títulos continuarem a existir apenas em VHS. A tendência nesse
meio todo é a de que as grandes locadoras passem gradualmente a substituir a
VHS pelos DVDs. Mas muitos de nós continuaremos a procurar aquele título raro
só encontrado nas locadoras. Sendo assim, não se preocupe! Nossos vídeos e
fitas estarão seguros pela própria importância que adquiriram ao longo do
tempo. Duvido até me provarem o contrário se será editado em DVD um
documentário chamado “Corações e Mentes” de 1974 produzido nos EUA. Um clássico
cinco estrelas produzido por um cara chamado Peter Davis que mostra cenas
horríveis das atrocidades cometidas pelos norte americanos na guerra contra o
Vietnã! O documentário causou tanto impacto que mudou a opinião do povo norte
americano na época da guerra. Ou seja, o povo passou a ser contra a guerra! Vi
este filme só uma vez! Infelizmente nunca mais encontrei a fita nas locadoras
que conheço. Provavelmente perdida em alguma locadora de bairro. Da mesma forma a primeira versão do Titanic
de 1953. Sem os efeitos especiais da versão premiada de James Cameron/1999, mas
bem mais fiel historicamente aos fatos do triste naufrágio. Existem muitos
filmes legais sumidos.
Na minha opinião, o DVD vem
acrescentar o mundo do entretenimento e não substituir as formas já
existentes! O negócio no momento, além
de decidir comprar ou não um DVD é começar a mapear as locadoras que possuem
acervos mais antigos! Se tiver uma aí perto da sua casa, mande-me seus dados
como endereço e telefone para montarmos juntos um cadastro de locadoras onde
poderemos encontrar filmes antigos e raros. Veja o informe da próxima página.
FONTES:
ARBEX, José e Cláudio Júlio Tognolli. Mundo Pós-Moderno. SP,
Editora Scipione, SP, 1996.
(Coleção Ponto
de Apoio)
MARCONDES FILHO, Ciro, Sociedade Tecnológica. SP, Editora
Scipione, 1994. (Coleção
Ponto de
Apoio).
VEJA, Revista. Edição Espacial “Tecnologia
& Consumo”, julho 2001.
SET, Revista. Edição 113 de novembro de 1996.
SET. Revista. Edição 135 de setembro 1998.
MOVIE STAR, Revista. Edição nº 4 de janeiro de 2000.
DVD News. Revista. Edição nº 1 de dezembro de
1999.
Questão vestibulinho 2.
N
|
o
último dia 7 de novembro, foram realizadas as eleições presidenciais dos
Estados Unidos da América. Na disputa o democrata Al Gore (atual vice-presidente) e o republicano
George W. Bush (governador do Texas).
Desde a fase das pesquisas a disputa foi acirrada. Segundo a agência CNN/USA
Today/Gallup, no dia da eleição, Bush tinha 47% das intenções de voto contra
45% de Gore. Feita a apuração e uma
primeira recontagem, a diferença era de apenas 400 votos a favor de Bush. Por
ordens judiciais iniciou-se um processo interminável de recontagens dos votos,
sob fortes acusações de fraudes e erros no processo de apuração.
A
eleição presidencial dos Estados Unidos de 2000, entre outros significados
reedita as disputas entre nortistas (ianques) e sulistas (confederados). Entre
1861 eclodiu um dos maiores conflitos armados do pais. Havia a intenção dos
confederados de separar-se do norte. Motivos econômicos e sociais levaram o sul
a rebelar-se contra o norte. Bush de certa forma hoje representa os estados do
sul, com uma política mais conservadora do que a de Gore que é mais ao centro
na sua política democrata do norte.
1. Observando bem a charge
acima do texto, leia abaixo as alternativas.
I – A inclusão de
personagens de Walt Disney no desenho, significa que Mickey Mouse, Pateta,
Pluto e Pato Donald também foram votar.
II – A presença do Zé
Carioca (também personagem de Walt Disney), significa que as relações políticas
e econômicas entre Brasil X EUA, são desiguais e de dominação por parte dos
americanos.
III – O desenho de Gore
atrás de Bush, significa que ele é mais lento na corrida.
IV – O autor da charge
resolveu ironizar o processo eleitoral presidencial da principal potência
mundial atualmente, colocando personagens das histórias em quadrinhos norte
americanos, mostrando assim como ficou patético a divulgação dos resultados
finais da eleição.
V – A presença de Bush à frente de Gore significa
que mesmo que pequena, sua vantagem sob Gore foi freqüente desde as pesquisas.
Agora
a escolha a alternativa que for mais coerentes com os fatos históricos em
questão;
a) Estão corretas apenas as
alternativas I, III, IV e V.
b)
Todas
as alternativas estão corretas.
c)
Estão
erradas as alternativas I, III e V.
d)
Estão corretas as alternativas II, IV e V. (X) questão correta
Estão corretas as alternativas II, III e V.
Questão para vestibulinho.
Vestibulinho CEFAM
Campinas 2000 – Avaliação de História
C
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om a redemocratização política brasileira a partir de
1984, o ensino de História passou por uma série de revisões, tendo em vista que
durante o Regime Militar os conhecimentos históricos eram vinculados a
subversão segundo os governos militares.
Desde
então o conhecimento da História passou a ser estudado sob uma nova ótica. Ação
que altera as relações em sala de aula. O aluno não deve ser mero reprodutor de
conhecimentos acabados. A reflexão dos acontecimentos e dos personagens
envolvidos nas tramas da humanidade ao longo de suas História, passam a ser
essenciais para um entendimento da realidade.
Segundo
o que acaba de ler e num olhar detalhado do desenho acima, escolha as frases
abaixo que correspondam à presença de uma nova forma de estudar História.
I – O ensino de História nas
escolas foi totalmente proibido, durante o regime militar (1964 - 1984).
II –
A professora do desenho é uma educadora atualizada e sintonizada com as
mudanças do conhecimento
histórico.
III
– A História perdeu a importância nos anos de ditadura, afinal com um governo
centralizado é desnecessário
conhecer esses conteúdos.
IV
– O questionamento que o aluno fez à sua professora, na realidade mostra a
falta de educação e respeito aos mais velhos, característico das novas gerações
de adolescentes.
V
– O novo ensino de História passou a exigir novas posturas tanto de alunos como
de professores dentro da sala de aula.
Agora assinale a alternativa que mais lhe corresponder a
realidade do que foi colocado.
a) Todas as assertivas estão
corretas.
b) Apenas a I e IV estão
corretas.
c) As assertivas II, IV e V
estão totalmente erradas.
d) Com exceção da V todas estão
corretas.
e) As assertivas I e V estão
corretas.
Justifique com suas palavras as alternativas que
você escolheu;
Cartaz de divulgação para atividade de campo.
Estudo do Meio na “Maria Fumaça”
Saída da escola para todas as turmas do CEFAM.
Veja
abaixo o calendário:
06
de abril 14 horas para os primeiros anos
13
de abril 14 horas para os segundos anos
20
de abril 10 da manhã para os terceiros
20
de abril 14 horas para os quartos
- Todas essas datas caem na quinta feira.
PREÇO: R$ 6,00 para o trem + R$ 2,00
do ônibus
LANCHE: Levar
-
Os ônibus sairão em frente a escola.
ATENÇÃO SALAS DOS PRIMEIROS AOS TERCEIROS ANOS
Ø
Ver no xerox texto sobre a História da Ferrovia e o Roteiro de
atividades para o trabalho a ser entregue para o professor
Doni na disciplina de História.
Ø ATIVIDADE OBRIGATÓRIA
Ø O CONTRATO COM A ESTAÇÃO ANHUMAS, QUE ADMINISTRA AS VIAGENS DA
MARIA FUMAÇA FOI FECHADO LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A IDA DE TODAS AS ALUNAS DO
CEFAM.
MAIORES INFORMAÇÕES PROCUREM OS PROFESSORES DONI E ADRIANA
Atividade para estudos de campo.
ROTEIRO DE ATIVIDADES PARA O ESTUDO DO
MEIO
“MARIA FUMAÇA”
CEFAM Padre Ismael Simões – Campinas/SP / Professor DONI - Abril 2000
Orientações iniciais:
1ª) A atividade de observação do meio estudado é
individual. Tenha no local estudado, meios para suas anotações. Fique atento a
tudo que puder olhar e ouvir.
2ª) Transcreva todos os dados verificados em seu
caderno. Posteriormente essas anotações lhe ajudaram a fazer o trabalho
solicitado.
3ª) O trabalho deverá ser apresentado em folha de
papel almaço.
4ª) Trabalhos idênticos, serão anulados.
5ª) Utilize o texto sobre a História da Ferrovia,
como apoio e pesquisa ao trabalho.
6ª) Verifique abaixo, qual trabalho está
destinado a sua turma.
Questões para os 1ºs anos;
1) A
ferrovia, segundo você pôde observar, possibilita o aprendizado sobre uma série
de aspectos históricos. Faça uma relação destes aspectos.
2) Que
revoluções o trem trouxe com sua invenção? Ao chegar no Brasil, quem exatamente
foi beneficiado?
3) Que
fontes de pesquisa você percebeu ao longo do estudo e que na sua avaliação vão
permitir aos historiadores um estudo amplo a respeito da época em que os trens
eram os principais meios de transportes do país?
Questões para os
2ºs anos:
1) Durante
todo roteiro de nosso Estudo do Meio, quais aspectos lhe chamaram a atenção?
Seus sentidos entraram em ação? Em que momento?
2) A
“Maria Fumaça” permite muitas “viagens” pelo conhecimento histórico. Quais
objetos e construções você considerou os mais ricos neste sentido.
3) Pelo
que você viu e ouviu durante o estudo, de que forma imagina que tenha sido a
vida das pessoas na época da chegada do trem no país? (releia seu texto,
discuta com colegas e professor)!
4) No
raciocínio do texto de Ruben Alves, como despertar o interesse do aluno de 14
anos utilizando todo roteiro da Estação Anhumas como objeto de estudo?
Questões para os 3ºs anos
1)
Que ligações você percebeu dos
aspectos vistos em nosso estudo com o cotidiano das pessoas que viveram na
época áurea da “Maria Fumaça?”
2)
Todo patrimônio visto no roteiro é
resultado de um longo processo de pesquisa. Do que você pôde observar, que aspectos despertaram seus sentidos com
relação à História e a prática dos historiadores?
Como você descreveria o comportamento das
pessoas no período em que tudo que vimos não eram ainda, objetos de pesquisa do
passado? Detalhe os objetos que melhor explicariam sua descrição.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Trabalhando com letra de música.
Professor DONI
História 2000
Escola CURUMIM
Atividade exclusiva para 6ª
DESORDEM
(Sérgio Britto/Marcelo
Fromer Charles Gaven) Voz – Sérgio Brito
Os presos fogem do presídio,
Imagens na televisão.
Mais uma briga de torcidas,
Acaba tudo em confusão.
A multidão enfurecida queimou
os carros da polícia.
Os preços fogem do controle,
mas que loucura esta nação!
Não é tentar o suicídio
Querer andar na contramão?
Não sei se existe mais justiça,
Nem quando é pelas próprias mãos
População enlouquecida,
Começa então o linchamento.
Não sei se tudo vai arder
Com algum líquido inflamável,
O que mais pode acontecer
Num país pobre e miserável?
E ainda pode se encontrar
Quem acredite no futuro...
Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
É seu dever manter a ordem,
É seu dever de cidadão.
Mas o que é criar desordem,
Quem é que diz o que é ou não?
São sempre os mesmos
governantes,
Os mesmos que lucraram antes.
Os sindicatos fazem greve
Porque ninguém é consultado?
Pois tudo tem que virar óleo
Pra tocar a máquina do estado.
Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
Relatório de atividade
Escola Curumim –
Professor DONI/História
Trabalho: Retomada do
Projeto Conhecer Campinas. Dos textos coletivos produzidos, foi necessário
rediscutir questões sociais da cidade.
|
Sala: 6ª série
Dia da atividade: 31 de
março 2000
Motivação: Música e letra
dos Titãs
Música: “Desordem”
Algumas conclusões:
DESORDEM no país - > o que vemos e
ouvimos, principalmente na TV, tem um causa maior do que imaginamos
- > há governos; Federal (presidente)
Municipal (prefeito)
Estadual (governador)
Estadual (governador)
Rebeliões, passeatas, protestos, violência do povo são
conseqüências da falta de seriedade dos nossos governantes.
QUESTÃO DOS EXEMPLOS: Se o professor não é pontual, como
ele pode exigir isso dos seus alunos. Se os governantes não cuidam bem do lugar
onde vivemos, o povo acaba seguindo o exemplo.Não é uma regra, mas acontece.
LEIS: nosso país está cheio de leis, falta cumpri-las! O problema
não é o sistema democrático!
OPORTUNIDADES maioria dos nossos presos são vítimas da
sociedade. Nas cadeias a maioria dos presos são das camadas mais pobres.
DESORDEM no país O povo brasileiro
vota errado, porque em vez de olhar com atenção o PROJETO POLÍTICO DO
CANDIDATO, só olha o candidato!
SEM TERRA aparecem
muito na TV, devido as suas dificuldades
SEM TETO de sobrevivência,
a maioria é vítima da falta de
PERUEIROS
oportunidades em nossa sociedade
VENDEDORES AMBULANTES
Polêmicas sobre divulgação de notas.
Ao ingressar na escola do Sítio, o professor Doni implantou alguns procedimentos burocráticos para acompanhamento do desempenho de seus alunos. Em local visível dentro das salas, foram afixados quadros de notas para que cada aluno acompanhasse seu desempenho. O professor esperava também que o ritmo avaliativo do grupo a todo instante pudesse ser verificado pela turma. Procedimentos estes corriqueiros em outras escolas atualmente.Para surpresa do professor tal procedimento não teve uma boa recepção por parte de alunos e pais. Inclua-se aí alguns colegas da equipe. Criada a polêmica o professor partiu para os esclarecimentos. Notou-se o erro da forma encaminhada por parte do professor, que deveria realizar consultas antes da afixação dos quadros. No entanto o conteúdo do encaminhamento é inquestionável tendo em vista que é direito do aluno ter acesso rápido aos seus conceitos. O encaminhamento é verificado em outras escolas, apontando-se a expectativa de autonomia do aluno que percebendo seu desempenho, sabe exatamente a todo instante se necessita estudar mais. No caso de estar bem pode ser motivado a auxiliar o colega com dificuldades de aprendizado tornado-se assim um parceiro indispensável ao professor no processo. Tamanha normalidade encarada pelo professor com o procedimento que acabou postergando a discussão dos quadros. Os argumentos apresentados contra os quadros vieram em sua maioria dos alunos. Alguns apenas não entenderam outros apostaram na revogação da afixação sem uma discussão mais profunda. “Não vi e ouvi, no entanto não gostei também”. Era a idéia de que exposto a análise constante do grupo, “alunos com dificuldades estariam sendo expostos a situações vexaminosas”(sic!). O professor identificou um discurso anacrônico aí! Por quê? Há mais de duas décadas muitos paradigmas educacionais foram removidos da academia e conseqüentemente do sistema.Trata-se por exemplo, das famigeradas “salas especiais” onde viviam alunos com as mais diversificadas dificuldades. Deficiência áudio visuais, orais, dislexias diversas, hipercinéticas entre tantas outras. O raciocíonio de mante-los escondidos em uma célula do sistema jusficava-se pela necessidade de acompanhamento específico. Resultados nem sempre favoráveis ao aluno, já que por conviver em grupos com dificuldades tão ou mais sérias que as suas viviam na limitação de um ou outro avanço. Foram os vários projetos de inclusão que iniciam um momento novo no ensino. Implodidas as “salas especiais”, os então alunos “especias” foram conviver nos grupos dos chamados “alunos normais”. Ali, obrigados a superarem barreiras e sendo desafiados a todo instante as deficiências não são curadas, mas equilibradas cognitivamente. Há melhoras sensíveis sim! Muito se escreveu e já se falou sobre isso. Um dos fatores que justificavam a existência dos quadros era manter visível a evolução (ou não) das dificuldades dos grupos e acima de tudo trabalhar com eles! Alunos nessa roda viva, acabam socializando suas potencialidades e superando barreiras, em grupo. O efeito imediato também atinge o grupo. Haveria uma tonelada de argumentos a favor da manutenção do quadro. Mas o novo professor de História acabou capitulando e atendendo a vários pedidos retirou os quadros e adaptou-se ao sistema da escola. No entanto a discussão sobre o processo da avaliação não se esgotou aí. A equipe de professores, continua a refletir sobre a questão. Por hora, prevalece o simplismo dos argumentos dos alunos que submeteram o encaminhamento a sua suspensão imediata. Ainda que o professor contra argumentasse, foi superado pela lógica do “iniciante na escola que tem muito a aprender” ou “mal chegou e já quer mudar tudo”. Manter as notas em um segredo quase confecional, lembra o professor “sugere uma idéia do perído milirar”. Segundo o professor, “o então Ministério do Trabalho do regime militar sugeria às empresas manter nos holleriths de seus funcionários a máxima; “Não divulgue seu salário a ninguém ele só interessa a você”. Por que será? Guardando segredinhos funcionais desmobilizava-se categorias e impunha uma luta torpe por aumentos salarias individuais criando acirradas lutas nos ambientes de trabalho, as vezes das formas mais desumanas. A urgência de uma discussão mais acadêmica sobre o assunto está exposta em nossa agenda de trabalho.
(originalmente publicado aos pais dos alunos da escola do Sítio em março de 2001)
Texto sobre debate aprovação X reprovação escolar.
APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO; POSIÇÕES POLÍTICAS CONFUSAS NO
COTIDIANO ESCOLAR
D☺NI®
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Se o caro leitor já teve a oportunidade de ler esse
clássico da literatura filosófica, sabe muito bem que o aparente mundo
tranqüilo de Cândido irá à seqüência transformar-se numa odisséia de
descobertas sobre o mundo e a vida. O jovem Cândido vai por suas inverossímeis
viagens conhecer o mundo dasacomodando-o de seu calmo cotidiano. A obra de
Voltaire me incomoda neste momento em que redijo este texto. O tema central deste
texto é um dos mais polêmicos deste final de milênio para a escola. Desafio-me
a tecer considerações que vão com certeza gerar polêmicas e posicionar-se com
uma tendência que avança mais a cada dia em nosso cotidiano escolar. Bem, mesmo assim vamos lá! Está aberto o
debate!
Parece-me muito claro a lucidez de meus colegas com
relação às concepções pedagógicas que movem o trabalho de alguns professores
que conheço. Em meus nove anos de sala de aula, trabalhei com muitos
professores conscientes da necessidade de clareza na forma de atuação em sala
de aula. Alguns com uma disciplina espartana! Sempre se pautaram em suas
leituras e no complemento teórico de sua graduação. Conheci também muita gente
ruim. Gente que sem muita base sempre disse “amém” aos projetos estatais sem
saberem exatamente o que significavam. No momento há uma questão que persegue
todos os professores (medíocres ou não!) como os Búlgaros perseguiam Cândido e
sua troupe. É a questão da aprovação e reprovação. Sobre os alunos que em tese
“merecem” ou não “passarem de ano”. Já testemunhei muita aberração em torno
deste problema. Faladas e executadas, criaram uma verdadeira neurose
educacional. Neurose essa que me fez desistir do ensino público no início de
2001. Não esquecendo a questão profissional é lógico que no ensino público, que
só não vou escrever aqui beirar a “escravidão” para não chocar os vários
colegas que feliz (ou infeliz) mente vão ler este texto.
Como é de conhecimento
público, desde 1996 a nova LDB (Leis de Diretrizes de Bases da Educação) trouxe
entre várias inovações a possibilidade de adoção dos Ciclos. Desta forma os
Estados que adotassem os ciclos, estariam abolindo a reprovação em todas as
séries ou em outros casos nas chamadas séries terminais. Muitos estados adotaram
esta prática assim como alguns municípios. Desde então a polêmica foi lançada
com ferocidade no meio da sociedade. Os defensores da proposta começaram a
alardear a necessidade da escola passar por uma profunda revisão. Os educadores
deveriam se reciclar para esse novo desafio. Os grandes problemas da educação
pareciam agora começarem a ser resolvidos. Ainda que as escolas e os
professores continuassem exatamente os mesmos! Ainda que o financiamento do
ensino público passasse apenas por uma redistribuição do dinheiro sem qualquer
ampliação dos seus valores nominais. Ainda que os ciclos na realidade, não só
colocariam o Brasil dentro de uma tendência mundial, como atendia na realidade
às exigências do Banco Mundial no caso dos empréstimos para investimentos sociais.
Nas escolas privadas o financiamento ainda que privado também sofreria uma
reacomodamento, tendo em tese os anos de estudos dos alunos. Ora flexibilizada
pela não adoção dos ciclos, ora atrofiado pela passagem demarcada nos anos de
escolarização sem as tais repetências.
Passados alguns anos, a
sociedade começa a colher os frutos do malfadado projeto oficial da Progressão
Continuada. Pipocaram por todo país, dados alarmantes sobre as primeiras
gerações formadas sob o auspício dos ciclos. O ponto alto deste diagnóstico
deu-se em abril deste ano. O jornalista Gilberto Vasconcelos em matéria para a
revista ISTOÉ, revelou a triste realidade de crianças na periferia de São Paulo
com 12, 13 e 14 anos que mal sabem desenhar as letras e escrevam indecifráveis
frases quando feito um ditado. O mesmo jornalista retornaria no mês de julho
com a mesma matéria, só que ampliada, na revista Educação. Matéria de capa com
a bombástica manchete; “Fracassamos
Fim da repetência gera
sistema que dá diplomas para jovens de 15 anos, analfabetos”. É válido lembrar que a Progressão
Continuada, também foi pauta na greve de 43 dias dos professores estaduais em
2000. Greve esta que rendeu porrada em todo mundo, inclusive para o então
governador Mário Covas. Bem, o fato de estar escrevendo este texto e
divulgando-o é que desejo mesmo marcar posição!
Sou radicalmente contra a aprovação automática seja na rede pública ou
na particular. Toda argumentação que ouço não se sustenta!
Tenho
ouvido muito que a experiência dos ciclos em Porto Alegre “está sendo
positiva”. Será? Quem diz isso? As informações partem de documentos oficiais e
disso desconfio de muita coisa! A simpatia pelo projeto, também tem se dado
pela realidade de ser a prefeitura de Porto Alegre, administrada pelo Partido dos
Trabalhadores. Aqui um imbróglio político! Oras! Já vi muito educador criticar
o mesmo sistema em São Paulo e elogiar o de Porto Alegre, como se falasse de
coisas diferentes. O problema é que em São Paulo, o detestável governo do PSDB
e a ignóbil Rose Neubauer estão à frente do projeto. São do PSDB de FHC. Qual o problema “cara pálida?” Lá é do PT? E
o PT administra bem? Então qual o problema “cara pálida?” É conteúdo ou forma?
Ah! Então é a forma? Não creio! O problema é de conteúdo!
Fala-se em
novos paradigmas. Fala-se em mudanças, novos comportamentos e atitudes do
professor. No entanto falta também uma certa objetividade acadêmica de algumas
posições.
APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO; PEDRO DEMO FAZ CONSIDERAÇÕES
IMPORTANTES PARA REFLETIR.
|
Passo
a tecer considerações a partir de agora, baseadas na leitura de um texto de
Pedro Demo, sob o título; “Promoção Automática e a Capitulação da Escola”, publicado no caderno Ensaios
da Fundação CESGRANRIO, abril/junho de 1998. Declaradamente contra a aprovação automática,
o autor parte do princípio de uma Pedagogia da Verdade, tendo em vista que o
aluno deve ser informado com clareza quando não aprendeu o que deveria. O autor
compartilha a tarefa com os educadores, tendo o objetivo de atuação mais
incisiva e comprometida no aprendizado do aluno.
Às vésperas do terceiro
milênio, nossa sociedade é pontuada pelos meios multi mídias. Tudo virou mídia
e a sociedade é reconhecidamente tecnológica, por mais que a mesma tente
humaniza-la estabelecendo novas relações e concepções de mundo. O humanismo não
sobrevive ao mercado! Nossos alunos queiramos ou não vão enfrentar a crueldade
e desumanidade dos vestibulares e dos processos seletivos, seja por emprego,
seja por acesso a cursos específicos. A TV, o cinema, os jornais e revistas e
demais processos de maturação informativa colocarão nossos alunos no alvo do
consumo, do imobilismo político e na necessidade de sobrevivência não só pelo
trabalho, mas na própria qualidade de vida. De vez em quando ouço um “Ah! Do
que vai adiantar nosso aluno aprender” x “ou” y “...”, sendo assim não
importa reprovar o aluno em determinado conteúdo. Não se questiona aqui a
necessidade de uma educação puramente informativa de conhecimentos. Segundo
Pedro Demo, tratamos sim de “ao lado da competência formal, deixando-se de
lado a competência política”. É a velha máxima; “Saber é poder”.
Em São Paulo, a Progressão
Continuada produziu uma geração de nanicos intelectuais. Os resultados do SAEB
(Sistema de Avaliação do Ensino Básico) tem sido alarmantes. A trupe do PSDB
passou desde então a procurar os “culpados” pelo não sucesso do projeto.
Recaíram sob as costas dos professores as ineficácias do sistema. Em matéria no
jornal Folha de São Paulo (29/11/2000), os dados do SAEB revelaram queda também
nos dados das escolas particulares. “A escola particular é chata! O aluno é
cada vez mais dispersivo e indisciplinado. A escola não se reciclou, o
professor interage pouco com os alunos, os conteúdos devem ser decorados, as
matérias são distantes da realidade”.Afirmou Paulo Renato, ministro da
educação. E o sistema ministro? Nenhuma crítica?
Voltando as considerações de
Pedro Demo, ele é contundente numa questão que tem sido freqüente nas rodas de
discussão sobre aprovação/reprovação. A questão da auto estima. Ele critica o
fato do fracasso escolar gerar abalos na auto estima do aluno. Defendendo a
idéia de uma Pedagogia da Verdade com o aluno, o autor chama a atenção para um
aspecto, meio ausente nas análises sobre à auto-estima; “O aluno que não
aprende necessita absolutamente saber disso. (...) se o aluno não formar
consciência crítica em torno de sua aprendizagem, propende a formular uma
atitude indefinida e que favorece, ainda mais, o fracasso escolar”. Ao meu
ver, uma dificuldade muito grande para nós educadores é a exatidão diagnóstica
do aprendizado do aluno. É um campo a ser avançado com muita discussão e
leitura. Temos alguns pontos norteadores, ao avaliar nossos alunos com certo
grau de aprendizado. Mas aqueles com dificuldades muito grandes ou especiais
merecem elevado cuidado de análise. Análise esta que acaba relevando a
discussão da aprovação ou não. É a certeza do aprendizado que importa! Fico
numa angustiante dúvida. Será que o aluno, constantemente “empurrado” para
frente sem aprender nada, favorecido pelas benesses do sistema não estaria
retardando seu processo natural de recuperação? Será que Pedro Demo não está
coberto de razão quando associa a idéia de capitulação da escola, que de certa
forma acaba desistindo do aluno ao “cicla-lo?” Outro ponto polêmico, inclusive
colocado em nossas reuniões de HTPC. O aluno teria dificuldades estruturais e
de certa forma “deu tudo que podia dar” mas não conseguiu aprender. No texto de
Demo há o questionamento da existência concreta dos diagnósticos precisos
feitos pelos educadores. Existira pelas condições existentes, principalmente na
escola pública, uma atitude imprecisa de “chute” por parte dos professores.
Excesso de aulas, formação precária, escolas sem recursos e toda uma situação
desfavorável dos educadores que tem essa tarefa de realizar um diagnóstico
preciso do aluno.
Propondo-me a um trabalho
transparente, fico imaginando nessa geração de crianças e adolescentes
empurradas em seu período escolar. As dificuldades extremas que vem acumulando,
vai ao certo ter um reflexo grave no futuro. E a auto-estima deles do futuro?
Só a de agora é a que importa? Não vão se sentir lesados? As teorias que
apontam melhoria para os alunos que são ciclados, não teriam o campo de análise
muito limitada, já que o sistema é recente no Brasil? Os dados revelados pela
grande imprensa, que mostram uma geração de jovens intelectualmente limitados
não são mau presságio? De que forma a sociedade vai continuar se comprometendo
com essa geração, se as bases continuam as mesmas. Cicla o aluno hoje, mas os
vestibulares continuam excludentes. E dá-lhe cursinho! Cicla o aluno hoje, mas
o mercado de trabalho exige os melhores dos melhores. Os que sabem mais, os que
estudam mais e os de melhores notas.
O espaço destinado a este texto
não me permite avançar mais. No entanto, minhas principais colocações já foram
feitas e penso ter reaberto debate. Fico preocupado com nossos alunos no
futuro. Penso aqui inclusive em meus alunos da escola pública. Os pedagocratas
de plantão na realidade comungam com projetos estatais visando garantir
financiamento para suas ações “sociais”. Num caderno de mais de 20 páginas, a
prefeitura de Porto Alegre mostra dados sobre os Ciclos adotados por aquelas
bandas. Poderia ser a redenção de minhas leituras e eu passaria a pensar; “pôxa,
olha aí como os ciclos deram certo lá...” Como o faria? É um documento
oficial com diversos teóricos defendendo os ciclos como solução essencial aos
problemas educacionais. Fico pensando não só na teoria da coisa. Queria saber
melhor como é o cotidiano das escolas onde os ciclos foram adotados. Será que
os jovens e adolescentes portos alegrenses são diferentes dos paulistas? E os
professores? Os problemas? Enfim, passam a idéia de quase 100% de eficiência.
Continuo sem referências ainda para mudar meu ponto de vista. O texto de Pedro
Demo aqui comentado é meu referencial básico. Não uma realidade final, mas um
conjunto de questionamentos a serem refletidos por muito tempo.
Bem, chego ao final deste
texto pensando que se você leu tudo e sobreviveu sabe lá o que está pensando.
Quero sim polemizar! Como não é um texto inédito e muita gente já leu, já
recebi muitas pauladas por causa dele! Já me chamaram de “direitoso”, atrasado,
tradicional (como se essa palavrinha abalasse um Historiador), revoltado e
outras bobagens! Então ta, se é pra descordar dessas idéias que não
exclusividades minhas, então que argumentos se apresentam? A polêmica está
lançada! Escreva suas idéias e mande-me! Vamos discutir? Ah! Sobre ser chamado
de “direitoso” e até de positivista, queria esclarecer que de tanto ver teórico
de esquerda despreparado e confuso é que passei a admirar alguns pensadores de
direita positivistas. Não pelas idéias que apresentam e sim pelo brilhantismo
de suas argumentações. Coisa que muitos de nós “moderninhos” gestados nos
modernismos esquerdistas dos anos 80, nunca conseguiram muito bem encaminhar!
Isso me obrigou a ler mais e pensar! Pensar! Putz que legal! SOU UM
PROFESSOR QUE PENSA!!!!!!!!!!
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, José Carlos de Almeida, Conteúdo e Forma,
Tendências e Debates, “O sistema de ciclos, que elimina a repetência, é uma boa
alternativa para a educação?”, Jornal Folha de São Paulo, p-3, 7 de outubro,
2000.
BENCINI, Roberta. Vergonha Nacional. Revista Nova Escola,
nº 137, p-16 – 22, Fundação Victor Civita, novembro de 2000.
DEMO, Pedro. Promoção Automática e Capitulação da Escola.
Ensaio: avaliação e políticas públicas em Educação, abril/junho 1998.
NASCIMENTO, Gilberto. O fracasso de todos
nós. Revista Educação p-36-44, nº 231, julho de 2000.
PORTO ALEGRE, Prefeitura Municipal de.Caderno
de Formação em debate. Ciclos. 2000.
VOLTAIRE, Cândido ou o otimismo (1759).
Introdução de Riccardo Campi, Clássicos Econômicos Newton, 1994.
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